Altas temperaturas são propícias para processos infecciosos, dor de cabeça e queda da pressão arterial; guarda-chuva é opção para se proteger do sol.

O verão só começa nesta sexta-feira (21), mas o calor já chegou e, com ele, os efeitos indesejados no corpo que vão de inchaço e brotoejas até queda de pressão e prostação.

O cardiologista Rafael Lloret, do Hospital Moriah, em São Paulo, explica que, para o corpo perder calor e conseguir manter sua temperatura de 36°C, há um aumento de suor para refrescar o corpo, o que pode causar desidratação, e os vasos sanguíneos se dilatam, causando, então inchaço nas regiões periféricas.

Por conta dessa desidratação, dilatação e pelo sangue se tornar mais viscoso, devido ao calor, a pressão arterial cai, diminuindo a oxigenação.

A dor de cabeça ocorre pelo mesmo motivo: vasodilatação, desidratação e redução da circulação do oxigênio.

Além disso, a alta temperatura faz com que as pessoas se sintam mais cansadas. Essa falta de disposição, segundo o cardiologista, ocorre pela combinação de desidratação e metabolismo da região cerebral – o hipotálamo é quem gerencia a temperatura do corpo.

O clínico-geral Pedro Chocair, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, afirma que, por uma questão de conforto corporal, a disposição nesses períodos é igualmente diminuída.

Lloret ainda afirma que em temperaturas altas prolongadas ou acima de 41°C aumentam os riscos de danos cerebrais, desde crises convulsivas à isquemia cerebral, devido à luta constante do corpo para ajustar o metabolismo.

A pele também é afetada pelo calor excessivo. O suor excessivo pode inflamar a pele e provocar brotoejas, segundo Lloret.

[intertítulo, usar o mesmo padrão de linha fina] Alimentos merecem mais atenção no calor

Chocair alerta que, durante o calor, é necessário prestar mais atenção aos alimentos consumidos. “Frutos do mar e maionese, por exemplo, exigem maior atenção especialmente no aramazenamento e conservação, pois aumentam as chances de gastroenterite, infecção intestinal que provoca diarreia, náuseas e vômitos, além de perda de líquidos”, explica.

Já o cardiologista ressalta os cuidados com o sistema urinário. A perda de líquidos diminui a função renal, deixando a urina mais concentrada e fazendo com que a pessoa urine menos. “Nesse calor, as pessoas gostam de tomar uma cervejinha gelada, mas o álcool inibe a ação antidiurética, favorecendo a liberação de urina e aumentando a desidratação”, afirma.

O calor provoca também o ressecamento das mucosas, propiciando rouquidão, dores de garganta e crises de rinite. Lloret diz que, para melhorar a sensação, além da hidratação, a lavagem nasal pode ajudar.

Há, ainda, o favorecimento de processos infecciosos. De acordo com o cardiologista, o calor excessivo pode inibir a ação de algumas proteínas do corpo, diminuindo a ação das células de defesa.

[intertítulo, usar o mesmo padrão de linha fina] Guarda-chuva pode ser alternativa contra o sol

Para driblar os efeitos causados pelo calor, os especialistas recomendam que as pessoas fiquem em ambientes frescos, fujam da exposição dos sol das 11h às 17h, usem roupas leves e arejadas, passem protetor solar, diminuam a quantidade de atividades físicas, andem com guarda-chuva para evitar o contato direto com os raios solares e tomem água.

O clínico-geral destaca que os mais afetados são crianças, idosos e pacientes acamados, podendo sofrer com quadros de desidratação. “Nas crianças, há uma dificuldade de pedir água, por não saber dizer o que está sentindo. Já nos idosos, há a inibição da sede, o que faz com que não bebam água”, explica Chocair. O clínico recomenda que sejam oferecidos líquidos, em especial, a água, para essas pessoas.

Porém, eles não são os únicos afetados. Lloret afirma que a hidratação de todas as pessoas é importante, recomendando a ingestão diária de dois a três litros de água.

Fonte: R7 Saúde


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