Tecnologia e atenção individualizada são grandes aliadaos na hora de promover um procedimento mais seguro. A anestesia é necessária e essencial para permitir que as cirurgias sejam realizadas com controle e segurança pela equipe médica e também para proporcionar maior conforto ao paciente, evitando a dor e a ansiedade. Porém, o procedimento é considerado e apontado por muitos pacientes como um fator de insegurança na hora de passar por uma cirurgia.

A dona de casa Silvana de Souza Assis sempre relatava experiências muito negativas com as cirurgias a que foi submetida sua mãe. Segundo ela, a mãe passava muito mal após os procedimentos e atribuía sempre à anestesia geral. Também, cercada por mitos, acreditava que em uma anestesia geral era possível que alguém “não acordasse” mais.

De acordo com a médica coordenadora do Serviço de anestesia do Hospital Moriah , Dra. Diná Hatanaka, a insegurança dos pacientes está associada aos mitos que envolvem o processo anestésico. Nas últimas décadas, com o avanço tecnológico, o desenvolvimento de novas medicações e com o aprimoramento de monitores, a anestesia passou a ser um procedimento muito seguro, mesmo para pacientes mais graves e para operações mais complexas.

Em entrevista, a doutora ajudou a desmistificar e a entender melhor o processo de anestesia e como esse procedimento foi aprimorado dentro do hospital em que atua. A monitorização cuidadosa e contínua dos sinais vitais dos pacientes aumenta a segurança e deve ser mantida desde antes do paciente ser levado ao centro cirúrgico, durante o procedimento e no pós-cirúrgico, a fim de evitarmos complicações. A prevenção da hipotermia faz parte dos cuidados no Hospital Moriah, já que hoje sabe-se que a queda da temperatura durante e após a cirurgia está relacionada com o aumento de complicações após o procedimento.

Quando internado, o paciente é recebido em um quarto aquecido, orientado a realizar o banho quente, a ficar agasalhado e também já recebe todas as informações sobre a importância do aquecimento. No centro cirúrgico, o protocolo é seguido com ar condicionado adequado e manta aquecida, quando indicada (cirurgias mais longas que 3 horas). Com esse protocolo, nao tivemoao Moriah não teve casos de hipotermia em 2017. No dia anterior à cirurgia, o anestesiologista entra em contato com o paciente pelo telefone.

Essa prerrogativa do Moriah permite que o contato com o médico acalme e evite os medos relacionados à anestesia. Na ligação, o profissional conhecerá melhor o histórico do paciente. O uso de medicamentos contínuos, por exemplo, deve ser comunicado ao anestesiologista porque, em alguns casos, a suspensão dos remédios pode ser necessária para garantir a segurança durante a cirurgia. Também são abordadas as experiências em outros procedimentos, anestesias e reações alérgicas, evitando intercorrências durante a cirurgia atual.

A segurança da anestesia está, em boa parte, no cuidado individualizado, e é isso, somado a atenção e carinho dedicados desde antes da internação, que fazem toda a diferença para a experiência do paciente. Lembra da Silvana, a dona de casa que tinha medo de anestesia?Recentemente, ela foi submetida a uma operação no Hospital Moriah. “Fui surpreendida positivamente. Não senti nada, os médicos me deixaram muito tranquila e quando acordei, estava apenas sonolenta, mas me sentindo disposta”, comemora.

E quem não quer estar recuperado o quanto antes após uma cirurgia? A Dra. Diná afirma que a aceleração da alta pode ser feita com alguns cuidados essenciais essenciais, conduzidos principalmente pela equipe de anestesiologia ao conhecer o paciente antes da cirurgia. “O paciente já começa a ser cuidado e estimulado desde o centro cirúrgico, assim a recuperação é acelerada”.

Confira os principais Mitos e Verdades ligados à anestesia:

Posso acordar no meio de uma cirurgia:

MITO. É uma ocorrência rara que, com o uso de monitores e drogas adequadas, pode ser evitada. No Hospital Moriah, todos os pacientes submetidos à anestesia geral têm o grau de profundidade de anestesia monitorizado.

A anestesia geral pode levar o paciente a nunca mais acordar:

MITO. A anestesia em si não causa esse efeito. Quando administrada respeitando-se as normas de segurança, com monitores adequados, e com a técnica adequada, é esperado que ao final da cirurgia os medicamentos sejam metabolizados. Assim, no tempo esperado, o paciente desperta e retoma sua consciência.

Anestesias como raquidiana e peridural causam dores de cabeça:

MITO.Antigamente esse risco era maior nos pacientes que recebiam a anestesia raquidiana, por conta do calibre das agulhas usadas. Hoje, a incidência da dor de cabeça oucefaléia pós-raqui é muito baixa, uma vez que as agulhas utilizadas são extremamente finas. A anestesia peridural não está relacionada à dor de cabeça.


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