Em janeiro deste ano a revista European Urology publicou um position paper da Associação Europeia de Urologia alertando para a prevenção de infecção pós-biopsia. No documento, uma metanálise de sete estudos randomizados demonstra uma redução de 95% de complicações por infecção quando usada a biopsia transperineal, comparada com a biopsia mais realizada no Brasil, que é a por via retal.
O documento também mostrou uma revisão sistemática incluindo 165 estudos com o total de 162.577 pacientes descrevendo taxas de sepse de 0,1% e 0,9% para biopsias transperineais e transretais, respectivamente. E por isso, o documento questiona por que não mudar a abordagem das biopsias, tendo em vista essas evidências.
A biopsia de próstata é feita por meio de uma agulha guiada por ultrassonografia e na biopsia transperineal essa agulha é introduzida pela região do períneo e coleta os fragmentos em toda a extensão da próstata.
Segundo Victor Srougi, urologista do Hospital Moriah e responsável pelas biopsias na Instituição, “essa via também possibilita um aumento de 81% de diagnóstico de câncer significativo e diminuição de 40% na detecção de câncer insignificante (que não precisa ser operado, mas sim acompanhado)”.
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