Com a revisão de protocolos de atendimento e não contato entre pacientes com covid-19, hospital normaliza operações, exames e consultas

Diante da pandemia de covid-19, os hospitais tiveram que se adaptar à grande demanda de atendimento a esses pacientes. Assim, o Hospital Moriah, em São Paulo, criou uma Unidade Especializada em Coronavírus.

As cirurgias complexas, como as oncológicas e ortopédicas, que estavam suspensas desde o início da pandemia, voltaram a ser normalizadas, assim como exames e consultas.

Em maio de 2020, o Moriah realizou 44% das cirurgias que fez em fevereiro de 2020, quando foi internado o primeiro paciente com covid-19. Significa quase metade das operações realizadas no segundo mês do ano, antes do agravamento do número de pacientes com a doença provocada pelo novo coronavírus.

Essas atividades serão realizadas paralelamente ao atendimento dos pacientes de covid-19, que continuará sendo realizado, obedecendo rígidos protocolos para que não haja contato com infectados e pessoas com suspeita da doença, informa o hospital.

O Moriah ressalta que retoma as cirurgias, pois seu adiamento pode trazer mais riscos ao paciente do que a própria infecção pelo covid-19. “A finalidade é não agravar patologias de forma irreversível”, informou por meio de nota.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e a Sociedade Brasileira de Patologia, houve a redução de 70% das cirurgias e cerca de 50 mil brasileiros não receberam diagnóstico de câncer entre março e maio de 2020.

Embora existam procedimentos que possam esperar o melhor momento para serem realizados, como cirurgias estéticas, biópsias e cirurgias oncológicas, as cirurgias de urgência, como as de pedras na vesícula e cirurgias cardíacas, quanto mais tardias, maior o risco de ser tornarem complicações de emergência, destaca o hospital.

Para isso, o Moriah criou protocolos que garantem segurança ao paciente internado nesse momento, como coleta do teste para covid-19 dois dias antes (48 horas) da internação, e realização de tomografia, no caso de cirurgia de grande porte ou com previsão de duração de mais de 4 horas, quando o paciente é diabético, tem câncer ou mais de 65 anos.

Cada caso é avaliado por uma equipe multidisciplinar, que determina a conduta mais adequada para uma cirurgia segura, que leva em conta o período hospitalar e a recuperação em casa.

Para garantir a segurança do paciente e eficiência dos novos protocolos, a equipe assistencial do Hospital Moriah telefona para o paciente a cada dois dias, até o 15º dia após a cirurgia para checar sintomas.

As visitas foram proibidas na Instituição como forma de assegurar a segurança do paciente em um momento em que ele está vulnerável e também manter as alas pré e pós-cirúrgicas do hospital como um ambiente livre de covid-19, informa o Moriah.

Mas vale ressaltar que o paciente não fica sozinho. Foi criado um protocolo para que seja possível a presença de um acompanhante durante o período de internação.

Hoje, metade dos leitos estão ocupados com pacientes positivos para coronavírus, sendo que esse percentual chegou a 98% no dia 17 de abril.

Matéria veiculada pelo portal R7 em 23/06/2020.                                                                      Link para acesso: https://noticias.r7.com/saude/hospital-moriah-em-sp-retoma-quase-metade-das-cirurgias-eletivas-23062020


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