Segundo dados de trabalhos científicos publicados nos últimos 10 anos, a incidência de tumores de hipófise seria de 1 a 4 casos novos para cada 100 mil habitantes, ao ano. Extrapolando essa estatística para o Brasil, que infelizmente não tem levantamentos próprios de incidência da doença, cerca de 8 mil casos de tumor de hipófise devem surgir por ano. Embora seja um tumor raro e, na maioria das vezes, benigno, seu principal sintoma é grave. Por causa das dificuldades no diagnóstico, pessoas ficam cegas em razão desse acometimento, pois o crescimento do tumor na glândula pressiona e compromete o nervo óptico, e não há cura, após a perda total da visão.

Muitas vezes, o paciente procura o oftalmologista com os primeiros sinais, entretanto, o diagnóstico nem sempre é fácil. A falta de estrutura dos serviços, bem como a falta de informação dos clínicos, pode protelar a descoberta da doença e, com isso, levar o paciente à completa perda da visão.

Segundo um levantamento casuístico do Dr. Pedro Paulo Mariani, neurocirurgião do Hospital Moriah, durante 5 anos, com 322 pacientes provenientes do SUS, a incidência de alteração da visão alcançava 70%, pois os casos chegavam até ele muito tardiamente, sem muitas chances de recuperação total da visão.

Outras consequências comuns dos tumores de hipófise são dores de cabeça persistentes, alterações na produção hormonal, que podem acarretar sintomas como distúrbios do crescimento, o gigantismo em crianças e adolescentes e acromegalia em adultos, alterações do ciclo menstrual e infertilidade nas mulheres, descompensação do diabetes mellitus e hipertensão arterial, entre outros.


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